Dizem que a saudade chega, machuca, faz doer, faz chorar, mas passa. Não acredito. Saudade não passa. Pelo menos quando amamos de verdade. E eu amo de verdade.
Meu amor é incompreendido por uns, censurado por outros, invejado por muitos, admirado por poucos, e compreendido só por um: o objeto do amor. E é isto que importa, que ele entenda. E ele entende. Porque também ama, e ama igual a mim. Ou seja, ele também é incompreendido por uns, censurado por outros, invejado por muitos, admirado por poucos, compreendido só por uma: eu.
Não, não pensem que estou apaixonada por um carinha, ou com novo namorado, ou que conheci alguém fantástico. Nada disso. Este amor é especial, é único, é infinito, é constante, é verdadeiro, é desinteressado, é assexuado, é lindo, é sincero, é companheiro, é cúmplice, é infinitamente maior do que a razão possa tentar explicar.
Amor de amigos verdadeiros, que se respeitam, que são tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais. O amor sem explicação, daqueles que sente e pressente, que faz falta, que sente saudade mesmo estando por perto.
Este é o amor mais puro que existe. Talvez por isto cause tanto desconforto aos que não entendem ou que nunca tiveram o prazer de amar tanto assim, mas nós entendemos e é isso que importa.
Com ele eu sou eu mesma. Com ele eu rio, sorrio, gargalho. Com ele eu fico triste, choro, desabafo. Com ele sou forte nos momentos que estou mais fraca. Com ele falo todas as besteiras que me vem à cabeça. Com ele não tenho vergonha nem pudor.
Com ele não tenho reservas. Com ele sou livre para falar, pensar, fazer o que quiser. Com ele posso voar nas asas da imaginação e até discutir assuntos sérios como a Teoria da Relatividade do Pinto.
Com ele eu como todas as pizzas que me dá vontade sem culpas e sem problemas com a balança. Com ele eu posso falar de três assuntos ao mesmo tempo porque sei que sou compreendida. Com ele sou expulsa de todos os restaurantes por estar na hora de fechar e rimos disso. Com ele desenvolvo um trabalho comunitário há 10 anos.
Por ele sou acordada por telefone com um suave “acorda porra!!!”. Por ele sou abraçada no “lugar certo” e minha coluna agradece. Por ele sou protegida e afagada quando estou mal. Por ele sou consolada em minhas mais profundas crises. Por ele sou levantada sempre que caio.
Te amo amigo. Você é pra lá de especial. Não sei como será viver tanto tempo longe de você, mas sei que sobreviverei, pois preciso. Estou muito feliz por você, e ficarei aqui, no mesmo lugar, aguardando o teu retorno. Torço e oro por você todos os dias.
Deus te abençoe muito e, quando estiver triste, lembre das nossas besteiras e comece a rir e a gargalhar. Tenha sempre na mente e no coração a minha presença e o meu amor.
Telma Lobato
23/03/2009
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