quinta-feira, 31 de julho de 2008

Rir é o melhor remédio, kkkkkkkkkkk

Improviso é uma arma importante para o profissional moderno.

Veja o que aconteceu num restaurante Asiático, situado em Nova Estrupício, cidade serrana da Bobolândia do Norte.

O cliente recebeu seu pedido e chamou a atenção do garçom que o serviu:
- Ei amigo...tem uma barata no meu prato.
- Não sr...é o desenho do prato
- Mas ela está se mexendo...
- Tecnologia sr...é um desenho animado.

Cinema no Castelinho do Flamengo

O Castelinho do Flamengo está de portas abertas para o ciclo de palestras sobre cinema, que prossegue nesta sexta-feira, com o enfoque no período de 1968, conforme a programação abaixo.


INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DO CINEMA em 1968


68 no Brasil: Cinema Marginal, Boca do Lixo, Pornochanchada


debatedor: Hernani Heffner

Chefe da Cinemateca do MAM, Professor de História do Cinema Brasileiro e Mundial da PUC-Rio.


01 de agosto, sexta-feira, 18 horas

Programação gratuita - Vagas Limitadas - Centro Cultural Oduvaldo Viana Filho

CASTELINHODO FLAMENGO Praia do Flamengo, 158

Telefones: 2205 0655 e 2205 0276

VIVER NÃO DÓI

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana,que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade..

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

enviado por uma grande e amado amigo - Adriano José da Silva

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Zeca do Trombone



Considerado pela crítica internacional como um dos melhores do mundo em trombone de pistão.


Participou de inúmeros discos com vários artistas da MPB, entre eles: Elizeth Cardoso, Carlos Dafé, Tim Maia, Beth Carvalho, Alcione, Martinho da Vila, Marlene, Wando, Milton Nascimento, Gonzaguinha, Ivan Lins, Araketu e Negritude Jr.


Com a cantora Marlene, participou do show "Praça Onze dos bambas", contracenando com a estrela em posição de destaque. O espetáculo foi escrito e dirigido por Ricardo Cravo Albin e percorreu todo o país através do "Projeto Pixinguinha".


No ano de 1977, gravou pelo selo Pirata o disco "Zeca do Trombone e Roberto Sax". No ano seguinte, lançou um compacto simples pela gravadora Top Tape.


Em 1980, pela gravadora Continental, gravou o LP "Rota do mar".No ano de 1989, fez participação especial no disco "Gosto de festa", de Dominguinhos do Estácio.Em 2000, juntamente com Carlos Dafé e Banda Malandro Dengoso, fez temporada na Gafieira Elite, no Rio de Janeiro. No ano seguinte lançou o CD "Gafieira".


Em 2005 foi um dos convidados da cantora Eliane Faria e do cantor belga Michel Tasky na homenagem ao bloco Bafo da Onça, que recebeu o trombonista no Bar Sacrilégio, na Lapa, centro boêmio do Rio de Janeiro.

FESTAAAAAAA,...MUITO BOM!!!!!!

A próxima festa com Zeca do Trombone e sua banda Z, será no dia 09/08/2008, no Cais Cultural ( Rua Sacadura Cabral 63). Desta vez não faremos a lista amiga. Os convites serão vendidos antecipadamente a R$ 18,00 ou se você preferir, poderá pagar na hora o valor de R$ 25,00. A casa não fará reserva de mesas. Elas serão ocupadas de acordo com a hora de chegada e escolha das pessoas, até o limite de lotação.


VALE A PENA CONFERIR.

É BOM DEMAISSSSSSSSS.

Acostumados a digitar, estudantes têm aulas de caligrafia


O problema foi detectado quando uma grande quantidade de alunos foi reprovada nos exames para a High School (o equivalente ao ensino médio no Brasil) simplesmente por não conseguirem escrever. A não ser que comprovem algum fator limitante no dia dos exames, os estudantes passam de 15 a 20 horas respondendo provas que são aceitas apenas preenchidas à mão.


Segundo publicação do The Syndey Morning Herald, esses estudantes apresentam grandes habilidades de digitação e facilmente superam os mais velhos na velocidade com que escrevem mensagens de texto no celular. A troca da caneta pelo teclado vem dimiuindo a habilidade destes jovens em lidar rapidamente com o papel e consequentemente afetando seu desempenho acadêmico. Isso vem levando escolas australianas a incluir aulas de caligrafia no currículo dos 11º e 12º anos do ciclo escolar básico (o equivalente ao ensino fundamental no Brasil, que tem apenas 9 anos).


Professores afirmam que tiveram que monitorar alunos a fim que tornassem suas letras no mínimo legíveis para os examinadores, diz o The Inquirer. John Vallance, da escola Sydney Grammar reforça que a caligrafia é uma parte importante da personalidade do estudante, e essa geração não deve perdê-la. Vallance lembra ainda que a escola somente aceitará os exames preenchidos à mão.

Contudo o NSW Board of Studies, órgão supervisor do currículo escolar das instituições australianas, diz estar analisando a incorporação de computadores às aulas, bem como ao exames. Por enquanto os alunos utilizam teclados apenas no teste de habilidades com o computador, no 10º ano escolar.

Por Gislaine Ceregatti

terça-feira, 29 de julho de 2008

O movimento social Pré-vestibular comunitário e o PROCED

O acesso das classes menos favorecidas às universidades é um dos temas mais polêmicos da Educação na atualidade. Segundo Ronaldo Mota, Mestre em Física pela Universidade Federal de Santa Maria – RS, “entre todas as alternativas de facilitação do acesso dos mais pobres ao ensino superior, nenhuma delas é mais importante ou eficiente do que a melhoria significativa do ensino médio (assim como do fundamental e infantil)”. A mais imediata, segundo o professor, é a melhoria da formação dos professores do ensino básico: “nenhuma missão é mais desafiadora do que promover a valorização do trabalho docente qualificado. Nenhuma tarefa é mais premente e necessária”.

Como inserir os jovens oriundos de escolas sucateadas, e com um ensino médio que hoje ocupa um dos últimos lugares no aprendizado, em universidades públicas ou particulares de excelência? A falta de professores no ensino médio, principalmente de Matemática, Química e Física, fazem com que os já despreparados da educação infantil e do ensino fundamental sintam-se incapazes para tentar uma universidade.

As desigualdades sócio-econômicas são reflexos de duas equações. A primeira é a da herança social, e a segunda a das oportunidades sociais. Não se pode presumir que alguém vença uma corrida de cem metros livres usando um peso nos pés. O valor do peso aumenta de acordo com aquilo que se tem enquanto herança social. Alguém que é filho de pais com alguma instrução, com acesso à informação, à educação, possui mais chances de chegar à universidade ou conquistar um bom emprego, por mérito, do que quem tem que lutar contra a ausência de todos esses elementos.

Uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2003 mostra um panorama da educação superior no país, onde setenta por cento dos universitários fazem parte das classes mais ricas da população.
Esta elitização já pode ser vista no Ensino Médio, momento em que os alunos menos favorecidos deixam os estudos para trabalhar ou têm acesso apenas a um sistema educacional fragilizado e deficiente.

Esta disparidade no sistema de ensino brasileiro fez com que, há cerca de 20 anos, surgissem os primeiros cursinhos pré-vestibulares comunitários como uma iniciativa geradora de esperança para aqueles que desejam entrar em uma boa universidade, pois se constitui em um movimento de política de inclusão promovida pela sociedade civil agregadora de jovens pobres, negros ou brancos, que se preparam para entrar na vida acadêmica e no processo social.
Localizados em espaços cedidos por igrejas, escolas públicas ou outras associações, esses cursos contam com a ajuda de funcionários e professores voluntários e lidam o tempo todo com dificuldades e desafios.

Durante mais de uma década, essas iniciativas eram isoladas e esporádicas, não chegando, nem mesmo, a constituir um movimento social. No entanto, no final da década de 90 houve um boom de pré-vestibulares comunitários através do movimento negro – Pré-Vestibular para Negros e Carentes, liderado por Frei Raimundo David que, continuamente, busca autonomia e liberdade para o povo negro e pobre.

Frei David, em sua constante luta, logo tratou de difundir o movimento na Bahia e em São Paulo, onde plantou outra semente, agora a Educafro (Educação Para Afro-Descendentes e Carentes), que agrega, só na cidade do Rio de Janeiro, mais de 70 núcleos que possuem o mesmo ideal, ou seja, a inserção do povo pobre em universidades de qualidade.

A necessidade deste movimento social é justificada pela imensa lacuna histórica que dá uma cara elitizada à universidade no Brasil, em especial as públicas, distanciando, assim, o objetivo pelo qual as mesmas foram criadas – para que o povo despossuído de renda para custear os estudos em escolas particulares pudesse cursar o ensino superior com a qualidade necessária para a formação de profissionais de excelência.

O poder público pouco investe na educação de nível fundamental e médio, forçando, assim, um continuísmo cultural, ou seja, filhos de pedreiros e de empregadas domésticas não precisam sonhar mais alto.

A vontade de jovens das comunidades carentes em ingressar em uma universidade de qualidade para transformarem a realidade de suas vidas fez com que fosse criado um movimento que viabilizasse esta transformação, e o PROCED faz parte deste movimento.

Telma Lobato

Meta do Brasil é atingir padrão educacional de países desenvolvidos

Entidades da área de educação estão reunidas em Brasília para traçar ediscutir novas formas de colaboração para o cumprimento das metas previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). O plano instituído há pouco mais de um ano, já conta com a adesão de 5.558 municípios e do DistritoFederal.
Hoje (28), durante a abertura do evento, o ministro da Educação, FernandoHaddad, disse que "a educação é o cimento do crescimento atual do país". Segundo ele, o atual momento educacional do país é virtuoso, entretanto para dar continuidade a esse processo é preciso cumprir as metas estabelecidasaté 2011.
O ministro destacou a importância da formação de professores e citou que opercentual de docentes que lecionam no Ensino Básico e que estudaram em universidades públicas é muito baixo, refletindo a falta de elo entre aeducação superior e a básica. "A qualidade da educação jamais será superior à qualidade dos professores" ,disse Haddad, referindo-se a uma reivindicação dos docentes por melhorformação.
Segundo o ministro, os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica(Ideb) serviram para traçar um mapa do ensino no Brasil e modificá-lo. "Matemática e Língua Portuguesa são as principais matérias para equalizar, subir a média nacional do ensino e tentar diminuir as desigualdades entre os estados", afirma o ministro que completa, "temos que chegar ao padrão de educação comparável ao dos 31 países mais ricos do mundo".
Para o ministro, o novo piso nacional para os professores, de R$ 950, sancionado pelo presidente Lula este mês, e a criação de 214 novas escolas técnicas mostram a preocupação do governo com a educação.
Participam do seminário PDE: uma Visão Institucional, representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior(Andifes), da Associação Brasileira de Reitores das Universidades Públicas Estaduais e Municipais (Abruem), do Conselho dos Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Concefet), do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). O encontro segue até amanhã (29).
*Agência Brasil*

Seis qualidades de empreendedores sociais bem-sucedidos


Mesmo estando entre as dez maiores economias do mundo, o Brasil configura um dos países campeões em desigualdade social. A péssima distribuição de renda, a degradação ambiental, a má qualidade dos serviços públicos, a violência, a baixa-escolaridade, ou seja, o arcabouço de políticas públicas falhas aliadas a corrupção de políticos obsoletos, reforçam a indústria crescente do capitalismo massacrante que sufoca as classes desprivilegiadas empurrando a sociedade brasileira ladeira a baixo em direção ao caos social.

Neste cenário surge o empreendedor social que é a pessoa que consegue sair do seu mundinho e olhar além, olhar a sociedade, fazer questionamentos e buscar respostas e soluções as questões por ele formuladas com idéias inovadoras, disposição para mudanças e com profundo senso de responsabilidade social afinal, “apenas a responsabilidade social é capaz de promover uma drástica transformação no quadro humano e ambiental brasileiro.” (GRAJEW, Oded. In:O futuro está em nossas mãos).

Os empreendedores sociais entram no cenário configurando um exército de pessoas persistentes, perseverantes e que se interessam pela comunidade, mas “o que diferencia esses líderes sociais é que eles têm idéias inovadoras para as questões tradicionais” (KISIL, Marcos – In:Persistência e denvolvimento:será que você possui credenciais para iniciar seu próprio projeto social?)

Os empreendedores de maior sucesso são os que pensam a longo prazo. Procuram oportunidades, prevêem obstáculos, acompanham resultados e planejam o futuro. Envolvem-se com as pessoas e prezam mais pela qualidade do que pela quantidade.

São pessoas com alto grau de motivação e, por isto, estão sempre se corrigindo. Retomam de onde partiram, ou seja, voltam ao inicio do projeto para refazê-lo sem o menor problema de assumir seus “erros” ou “enganos” como pressupostos errados ou as estratégias dos modelos de negócios. Esta disposição de auto-correção é vital para o processo adaptativo contínuo.

A disposição de dividir os créditos também é uma característica encontrada nesses líderes sociais, pois sabem que quanto mais crédito dividirem mais pessoas estarão dispostas a ajudá-los e esta ajuda é vital para o sucesso de seus projetos. No entanto, apenas as pessoas motivadas tendem a dividir os créditos.

Mentes inovadoras dispostas a se livrar das estruturas estabelecidas redirecionando organizações já existentes ou criando novas estruturas tanto no setor cidadão quanto no empresarial trazendo inovação e liberdade de ação.

Disposição para romper as barreiras interdisciplinares é outra característica que leva o empreendedor social ao sucesso, pois, normalmente, olham o mundo ao seu redor de maneira holística e percebem a necessidade de envolver vários saberes na necessidade de resolver as questões apresentadas em sua totalidade. O resultado é a formação de uma rede de apoio e ajuda efetiva. “...as pessoas têm necessidades integrais e os seus problemas só podem ser resolvidos se muita gente trabalhar junta de forma inteligente.” (BORNSTEIN, D. Como mudar o mundo: empreendedores sociais e o poder das novas idéias. Rio de Janeiro, Ed. Record 2006 – pg.294).

Normalmente, estes líderes passam tempos trabalhando em silêncio, influenciando pequenos grupos com suas idéias e normalmente só são reconhecidos após anos de trabalho “clandestino”. São pessoas que possuem um ideal fixo e que não desistem de transmiti-lo ao maior número de pessoas possíveis na certeza de que esta pressão silenciosa, constante e incansável é uma força importante para mudar o mundo. Gastam seu tempo na procura de lugares e oportunidades que possam influenciar o rumo dos acontecimentos. “Os lugares nem sempre são os mais óbvios e as oportunidades nem sempre aparecem quando a maioria espera.” (BORNSTEIN, D. Como mudar o mundo: empreendedores sociais e o poder das novas idéias. Rio de Janeiro, Ed. Record 2006 – pg.294).

“É o caso de Zulmira Petronilia Aguiar, de 69 anos, que há vinte dedica parte de seu tempo ao trabalho social com mulheres e crianças da zona de prostituição da cidade de Parnaíba, no Piauí. Ali funciona a Fundação Ninho, que começou com uma oficina de costura no bar de um dos bordéis para oferecer uma opção profissional às mulheres já não tão atraentes. “Todos achavam que eu estava louca, inclusive meu marido” Conta Zulmira que hoje administra uma creche para 260 crianças em idade escolar, filhos de mães solteiras.” (Extraído do texto: Persistência e denvolvimento:será que você possui credenciais para iniciar seu próprio projeto social?)

O empreendedor social se baseia na ética como pilar de sua atividade. É um sonhador que constantemente se defronta com seus desejos de mudar o mundo em que vive.

Normalmente, o projeto a que se dedica está ligado a algum acontecimento pessoal ou com alguém bem próximo a ele. É comum pessoas com filhos deficientes ou, até mesmo deficientes, atuarem em uma instituição para deficientes, familiares de dependentes químicos que trabalham na recuperação de pessoas dependentes, e assim por diante. “...costureira, dona de um pequeno mercado, católica fervorosa e mãe de sete filhas, Zulmira diz ter se inspirado na religião. “Quando perdi um filho, resolvi trabalhar para os excluídos”. (Extraído do texto: Persistência e envolvimento:será que você possui credenciais para iniciar seu próprio projeto social?)

A questão é que fazem uma opção de vida e decidem viver em função dela. Com o tempo suas idéias ficam mais importantes do que as outras opções que teriam.

Parece impossível explicar por que alguém abdica parte ou totalmente, de sua vida para se dedicar a causas “mais nobres” visando à transformação da sociedade em um mundo melhor, contudo, estas pessoas beneficiam a sociedade em que vivem e, cabe a esta, incentivá-las e apoiá-las.

Telma Lobato

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Um Sonho

Quando era pequena sonhava em ser médica, cirurgiava minhas bonecas, acompanhava o pós-operatório e as consultas subseqüentes.

Mais mocinha fui em busca de conhecimento específico na área de saúde através de cursos na Cruz Vermelha Brasileira. Primeiros-socorros, auxiliar de serviços gerais, auxiliar de enfermagem. Estes cursos me levaram a tão sonhada instituição, ou seja, ao hospital.

No Hospital Universitário Pedro Ernesto (UERJ) e no Hospital Miguel Couto, instituições onde estagiei, tive a oportunidade de vivenciar, desta vez com pessoas de verdade, a rotina hospitalar em vários setores. Emergência, pediatria, clínica média, neurologia, ortopedia, urologia, cardiologia, centro cirúrgico, maternidade, CTI geral e CTI cardíaco. Pronto!!! Havia decidido, seria cirurgiã cardíaca, a melhor na minha especialidade!!! Casaria com a medicina e seguiria os passos do Mestre Dr. José Jasbick. Meu sonho estava prestes a se realizar, possuía tudo o que era preciso para chegar ao topo. Estudava em colégio particular, era a única filha em casa, pois as outras três já haviam casado, recebia mesada, incentivo dos meus pais que também sonhavam comigo.
Meus pais vivenciavam, com muito orgulho, cada dia de estágio, cada livro novo, cada experiência nova, cada história contada ...ah, como sinto saudade dos olhos brilhantes de orgulho, dos olhares de esperança e da certeza de que podiam confiar em mim, contudo e, infelizmente em algumas histórias existe um contudo, para que este sonho, que não era só meu, pudesse ser concretizado, faltava um pequeno, mas precioso e imprescindível detalhe: estudar e eu não gostava de estudar ...

Vinte anos se passaram desde que concluí o último estágio e eu ainda nem havia concluído o ensino médio, porém ainda sonhava com a universidade, a medicina. O tempo passou, mas o sonho não morreu.

Com a situação totalmente diferente de outrora, agora estava casada, com 1 filho adolescente e três filhos pequenos, extrema dificuldade financeira, saúde problemática, enganos, decepções, desamor, aflição, ou seja, sem perspectiva de vida, vendo o barco afundar mais um pouquinho a cada dia... mas quando temos um sonho ...
Em uma comunidade próxima de casa, foi aberta uma sala do TeleCurso 2º grau. Era a minha oportunidade a qual agarrei com unhas e dentes. Concluí o ensino médio e, ao mesmo tempo, cursei um pré-vestibular comunitário, ainda sonhando com a Cirurgia Cardíaca.

Bem, as aulas de química e a carga horária da Faculdade de Medicina (tempo integral), foram fatores que me impulsionaram a reavaliar e rumar em direção à outra profissão e escolhi Serviço Social por ser imprescindível e absolutamente necessário ao País.

Aos 37 anos, estudei muito, hoje amo estudar, passei nos vestibulares da UERJ, UNIRIO e Puc-Rio.

Hoje, tenho 44 anos, 4 filhos lindos, sou avó de duas crianças lindas e abençoadas. Estudei e continuo estudando muuuuiiiiittttooooo....concluí Serviço Social, empreendedorismo e penso em cursar psicologia....quando se aprende a gostar de estudar a gente descobre que não quer mais parar.

Há 8 anos coordeno um Pré-vestibular comunitário onde incentivo jovens de várias idades a estudar, sonhar, estudar mais um pouquinho, e, a não desistir. Porque vale a pena sonhar, vale a pena manter-se vivo só para realizar sonhos, vale a pena estudar, vale a pena construir, vale a pena idealizar, vale a pena ser feliz. Afinal, como já dizia o maravilhoso Fernando Pessoa, “O homem é do tamanho do seu sonho”. Qual o seu tamanho?