quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Pesquisador alerta para o uso de crack por crianças e adolescentes

Uma bomba prestes a explodir nas ruas do Rio – é assim que o professor Jairo Werner Júnior, da Faculdade de Educação (EDU) da UERJ, especialista em uso de drogas por crianças e adolescentes, classifica o perigo do aumento do uso de crack no Rio de Janeiro. Para ele, a sociedade não está preparada para lidar com os problemas decorrentes do uso desta que é uma das drogas mais letais e viciantes que existe.

Jairo Werner participou, no ano de 2005, de uma pesquisa realizada pelo Ministério Público, com menores de 8 a 14 anos de idade recolhidos pela operação Zona Sul Legal, que mostrou indícios de uso de cocaína por todos os examinados. O resultado da pesquisa apresenta que os moradores de rua têm contato constante com as drogas, o que pode se tornar um problema social de grandes proporções devido à entrada do crack no Rio de Janeiro, uma droga extremamente viciante e com um grau de letalidade altíssimo.

“O crack é basicamente a cocaína fumada, portanto tem o mesmo princípio ativo; a grande diferença entre os dois é o modo como são usados. A cocaína é absorvida pela mucosa do nariz, metabolizada pelo fígado e liberada gradualmente para o cérebro; já o crack é absorvido pelo pulmão e enviado diretamente ao cérebro, de uma vez só, provocando efeitos muito mais intensos, porém menos duradouros, fazendo que o usuário fique facilmente viciado”, explica o professor.

Assim como os efeitos da droga, os danos que ela provoca são grandes. Viciados em crack costumam sofrer de distúrbios psicológicos como delírios, agressividade, transtornos de humor e personalidade, além de problemas de ordem fisiológica, como febre alta, hipertensão e outros problemas cardíacos e circulatórios.

“Nas crianças usuárias, o crack provoca danos ainda mais devastadores, pois uma dose usada por um adulto é grande para uma criança, devido ao peso menor, o que aumenta muito o risco de uma overdose. Soma-se a isso o fato de que as crianças estão numa fase delicada de formação psicológica, portanto os distúrbios dessa ordem são muito mais comuns, mais intensos e mais difíceis de serem revertidos”, alerta Jairo Werner, que é especialista em tratamento de crianças.
O pesquisador explica que, por ser uma droga barata, o crack tornou-se muito comum entre a população de rua das cidades onde ele é vendido, expondo estas pessoas, que já sofrem cotidianamente com a exclusão, a uma exploração comercial cruel. "Os usuários passam a cometer inúmeros tipos de delitos para conseguir dinheiro e sustentar o vício, num ciclo onde saem perdendo a sociedade e o viciado, e só quem ganha é o tráfico", avalia Jairo Werner.

O crack transforma o usuário de tal forma que os métodos convencionais de tratamento de viciados em drogas mostram-se pouco ou nada eficientes no combate ao vicio na chamada ‘pedra’. Para o professor, está sendo criada uma outra espécie de ser humano, com alterações no humor, personalidade e valores, que não poderá ser tratada pelos métodos convencionais”.

Atualmente, no Rio de Janeiro, apenas a Fundação para a Infância e Adolescência do Estado do RJ (FIA) está preparada para tratar viciados em crack.Na opinião de Jairo, o Rio de Janeiro corre o risco de passar por uma grande crise anunciada, que cresce pouco a pouco e irá tomar proporções gigantescas, assim como aconteceu com a dengue. “Se não combatermos e nos prepararmos para enfrentar esta droga desde já, em alguns anos o Rio estará enfrentando uma verdadeira epidemia do crack, com aumento significativo da violência, tráfico e prostituição”, alerta.

Para evitar este problema, a solução estaria em criar uma força tarefa para uma verdadeira guerra contra o crack, numa parceria entre o governo, a sociedade civil, empresas e universidades. Seu objetivo seria atuar na prevenção do uso, criar mais unidades de tratamento, ampliar a experiência da FIA, preparar a rede de saúde para enfrentar o problema, além de combater o tráfico de maneira eficaz.Uma bomba prestes a explodir nas ruas do Rio – é assim que o professor Jairo Werner Júnior, da Faculdade de Educação (EDU) da UERJ, especialista em uso de drogas por crianças e adolescentes, classifica o perigo do aumento do uso de crack no Rio de Janeiro. Para ele, a sociedade não está preparada para lidar com os problemas decorrentes do uso desta que é uma das drogas mais letais e viciantes que existe.

Jairo Werner participou, no ano de 2005, de uma pesquisa realizada pelo Ministério Público, com menores de 8 a 14 anos de idade recolhidos pela operação Zona Sul Legal, que mostrou indícios de uso de cocaína por todos os examinados. O resultado da pesquisa apresenta que os moradores de rua têm contato constante com as drogas, o que pode se tornar um problema social de grandes proporções devido à entrada do crack no Rio de Janeiro, uma droga extremamente viciante e com um grau de letalidade altíssimo.

“O crack é basicamente a cocaína fumada, portanto tem o mesmo princípio ativo; a grande diferença entre os dois é o modo como são usados. A cocaína é absorvida pela mucosa do nariz, metabolizada pelo fígado e liberada gradualmente para o cérebro; já o crack é absorvido pelo pulmão e enviado diretamente ao cérebro, de uma vez só, provocando efeitos muito mais intensos, porém menos duradouros, fazendo que o usuário fique facilmente viciado”, explica o professor.

Assim como os efeitos da droga, os danos que ela provoca são grandes. Viciados em crack costumam sofrer de distúrbios psicológicos como delírios, agressividade, transtornos de humor e personalidade, além de problemas de ordem fisiológica, como febre alta, hipertensão e outros problemas cardíacos e circulatórios.

“Nas crianças usuárias, o crack provoca danos ainda mais devastadores, pois uma dose usada por um adulto é grande para uma criança, devido ao peso menor, o que aumenta muito o risco de uma overdose. Soma-se a isso o fato de que as crianças estão numa fase delicada de formação psicológica, portanto os distúrbios dessa ordem são muito mais comuns, mais intensos e mais difíceis de serem revertidos”, alerta Jairo Werner, que é especialista em tratamento de crianças.
O pesquisador explica que, por ser uma droga barata, o crack tornou-se muito comum entre a população de rua das cidades onde ele é vendido, expondo estas pessoas, que já sofrem cotidianamente com a exclusão, a uma exploração comercial cruel. "Os usuários passam a cometer inúmeros tipos de delitos para conseguir dinheiro e sustentar o vício, num ciclo onde saem perdendo a sociedade e o viciado, e só quem ganha é o tráfico", avalia Jairo Werner.

O crack transforma o usuário de tal forma que os métodos convencionais de tratamento de viciados em drogas mostram-se pouco ou nada eficientes no combate ao vicio na chamada ‘pedra’. Para o professor, está sendo criada uma outra espécie de ser humano, com alterações no humor, personalidade e valores, que não poderá ser tratada pelos métodos convencionais”.

Atualmente, no Rio de Janeiro, apenas a Fundação para a Infância e Adolescência do Estado do RJ (FIA) está preparada para tratar viciados em crack.Na opinião de Jairo, o Rio de Janeiro corre o risco de passar por uma grande crise anunciada, que cresce pouco a pouco e irá tomar proporções gigantescas, assim como aconteceu com a dengue. “Se não combatermos e nos prepararmos para enfrentar esta droga desde já, em alguns anos o Rio estará enfrentando uma verdadeira epidemia do crack, com aumento significativo da violência, tráfico e prostituição”, alerta.

Para evitar este problema, a solução estaria em criar uma força tarefa para uma verdadeira guerra contra o crack, numa parceria entre o governo, a sociedade civil, empresas e universidades. Seu objetivo seria atuar na prevenção do uso, criar mais unidades de tratamento, ampliar a experiência da FIA, preparar a rede de saúde para enfrentar o problema, além de combater o tráfico de maneira eficaz.

Um comentário:

André Coelho disse...

Citar a fonte de vez em quando é bom.... quem fez essa matéria fui eu: http://www.uerj.br/modulos/kernel/index.php?pagina=708&cod_noticia=1837